Rezenhas em um motel?!

O sol das 7 da manhã na cara, sapatos em uma mão e a outra, segurando a mão dela. Descabelados, sonolentos, ressacados e juntos, caminhando em direção para o outro quarto.
Quando forem filmar a minha vida, se for um longa , quero que esta seja a cena de abertura para mostrar as pessoas o quão divertidos motéis podem ser. Se for uma comédia, que o primeiro capítulo apresente o louco aqui correndo atrás de uma garrafa de coca-cola de 2 litros e meio no ônibus lotado. Mas isso é outra história.
Voltado ao ponto principal deste texto: motéis. Engraçado como antigamente imaginava algo bem desavergonhado. Tinha uma noção altamente preconceituosa em relação à estes lugares. 
Achava que sei lá, tinham câmeras instaladas nos ambientes, porteiros que soltavam piadinhas, roupas de cama sujas, um abajur cor de carne e um lençol azul. Mas não é nada disso.
Tirando a atividade mais óbvia que acontece por ali, existe também a possibilidade de reunir os amigos mais íntimos e meter o pé na jaca entre quatro paredes no fim de semana.
Antes que alguém levante a sobrancelha e me chame de doido, afirmo aqui aos pervertidos de plantão com todas as letras: NÃO ROLAM ORGIAS.  Trata-se apenas de uma opção para quem deseja fazer algo diferente em uma cidade que como a minha, não tem um espaço novo e legal para se ir.
Como na maioria das vezes o desejo em questão é sentar, conversar, beber e ouvir boa música, o motel é uma escolha interessante visto que funciona como se fosse uma casa alheia, sendo que essa casa alheia é toda nossa, não precisa se preocupar em limpar nada ou em manter o tom de voz baixo às 3 da manhã.
Não dá para marcar tais encontros sempre, até porque exige um pouco mais de verba do que em um bar normal. Mas, claro que como o sangue brasileiro flui rapidamente, criam-se meios de contravenção que podem ser aplicados.
Claro que para manter o bem-estar de todos, regras são estabelecidas a fim de evitar situações constrangedoras. Ao exemplo dos banheiros: cuidado com a falta de portas.
Particularmente, acho meio absurdo a inexistência das mesmas dentro de alguns quartos. Intimidade além da conta sabe? E por isso dá-se logo um jeito de pendurar uma toalha na frente ou fazer o esquema de luz acesa/apagada para mostrar que tem alguém dentro.
Câmeras também são usadas com prudência. Não é porque seu amigo está bebis de pernas abertas na cadeira erótica que você irá registrar e colocar isso no Orkut ou Facebook. Festa de família sim, mas meio Vegas também. E o que acontece em Hollywood…

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